Rua do Capelão
É a Mouraria mais típica, entre a rua da Mouraria e a da Guia. O seu nome terá origem num oratório armado numa parede com frente à rua e que merecia a maior devoção dos habitantes do lugar que à tarde ali se juntavam para rezar. Capelão é pitoresco mas também é triste (Norberto Araújo, 1992, III, 69).
No prédio de esquina do Beco do Forno e Rua do Capelão, n.º 34 terá vivido a célebre Severa, pelo menos episodicamente, pois sabe-se que também viveu na rua da Amendoeira, no Bairro Alto. Conhecida pelo seu talento como fadista mas sobretudo pelo seu devaneio amoroso com o Conde de Vimioso (1817 – 1865), romance perpetuado por Júlio Dantas. No dizer de Norberto Araújo (1992, III, 70) “era desbragada, sensual, marafona de aventura”, morreu com 26 anos de uma vulgar indigestão.
retirado daqui: http://revelarlx.cm-lisboa.pt/gca/?id=854
"Rua do Capelão" - Fado cantado por Amália Rodrigues
Letra e música: Frederico de Freitas / Julio Dantas
Letra e música: Frederico de Freitas / Julio Dantas
Ó rua do Capelão
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho.
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho.
Há um degrau no meu leito
Que é feito pra ti somente
Amor, mas sobe com jeito
Se o meu coração te sente
Fica-me aos saltos no peito.
Que é feito pra ti somente
Amor, mas sobe com jeito
Se o meu coração te sente
Fica-me aos saltos no peito.
Tenho o destino marcado
Desde a hora em que te vi
Ó meu cigano adorado
Viver abraçada ao fado
Morrer abraçada a ti.
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